domingo, 14 de agosto de 2011

Protestos em Londres e a Crise Capitalista





Indico uma matéria do Brasil de Fato sobre os protestos em Londres. É só clicar no ícone do Jornal! Andei lendo sobre os acontecimentos, algumas coisas muito específicas... tem um sítio a respeito do "movimento", inclusive.
Posso estar enganado, mas pelo que anda rolando na Itália, Espanha, Portugal... e de uma forma mais sui generis nos EUA, é possível que surja uma onda de reação à medidas de austeridade promovidas por estes Estados frente à crise que anda fisgando calcanhares (há alguns anos né...). O mais interessante nisso tudo é que a tendência é surgirem movimentos desorganizados mesmo, visto que nos anos de pujança estes países viram desaparecer movimentos sociais organizados à ala esquerdista.

Esses anos de crise do modelo capitalista são todos previsíveis e já esperados. A máxima "socialismo ou barbárie" se mostra mais viva a cada dia. Os mesmos teóricos que ridicularizam e perjorativizam o Socialismo não sabem propor saída ao sistema autofágico que eles defendem. A questão, no entanto, é que a crise é ESTRUTURAL, E NÃO CONJUNTURAL!!!

István Mészáros, um grande intelectual marxista húngaro, que esteve no Brasil recentemente, escreveu um livro em que alertava sobre essa estruturalidade da crise. O interessante é que o livro foi escrito antes da queda do WTC! Não é Mészáros um profeta. É que tem muita coisa pregada na nossa testa... fica mesmo difícil de enxergá-las dessa forma.

Mészáros escreveu: 

"a agressividade da política americana está fortemente favorecida pela globalização e esta vem sendo caracterizada de forma contundente pela degradação ambiental, pela desvalorização do trabalho, pelos massacres dos povos, pela perda dos sentidos e dos valores de humanidade e de vida social, impondo ao mundo uma política de destruição próxima de seu limite último."

Fala ainda que "uma resposta historicamente viável a esses desafios só será possível pela construção de uma alternativa radicalmente diferente do impulso do capital em direção à globalização imperialista/monopolista, no espírito do projeto socialista, corporificado num movimento progressista de massas. É urgente a necessidade de um movimento radical de massa contra o controle da reprodução do metabolismo social como saída para a crise estrutural do capital, para que a humanidade possa assegurar também o seu futuro."

Outro dia ouvi alguém dizer... "na crise passada (de 2008) os Estados fizeram de tudo para salvar os bancos. Agora, quem vai salvar os Estados?"

Tá ruim, mas vai piorar!





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