domingo, 29 de maio de 2011

Festival em BH

Dia 12 de junho vai rolar um festival em BH. Muita gente legal fazendo apresentação em praças tradicionais.
É o Natura Musical (juro que nem vou entrar nesse mérito de eventos 'realizados' por marcas pra aproveitar as benesses das Leis de Incentivo à Cultura).

O que sei é que vai ter um show com uma certa Karina Buhr. Ouvi alguma coisa dela recentemente... música com uma percussão marcada, rica, boa mesmo... com uns recursos modernóides que não estragam a levada. O mais forte mesmo é sua voz que é muito bonita. Sem contar o fato de ser pernanbucana (que já é um grande passo a frente).

Tem também Palavra Cantada na praça da Liberdade. Acho que lá vai ser uma coisa mais pro público infantil, mas palavra cantada é pra filhos e pais ("criança não trabalha, criança dá trabalho...").

Vai ter também a Orkestra Rumpilezz, que é brutal. Vi coisas só no youtube mas achei ducaralho. É tipo uma viagem de percussão com metais, só que a percussão é centralizada (no palco e no andamento da música) e os metais são ritmados... muito legal. O estranho é saber que o idealizador dessa Orkestra - contra-hegemônica - é o mesmo arranjador de Ivete Sangalo... mas deixa pra lá.

Enfim, vai ter muita coisa boa... passo abaixo o "cartazinho" pra vocês mesmo definirem onde ir. Eu, fico com o bom e velho Santa Tereza e com a nova (nem tão nova assim) Karina Buhr.

Clique no cartaz pra aumentar. A programação segue logo abaixo dele.


PALCO PRAÇA DA LIBERDADE INFANTIL



  • 10:00 Oficina do Grupo Trampulim




  • 11:00 Palavra Cantada


  •    
    15:30 Pato Fu
    (Música de Brinquedo)



  • 17:00 Lô Borges e Pedro Morais



    • PALCO DUQUE DE CAXIAS

    • 10:15 Pequeno Cidadão
    • 12:00 Grupo Trampulim
    • 14:30 Karina Buhr
    • 16:00 Renegado
    • 17:00 Marcelo Jeneci
    • PALCO PARQUE LAGOA DO NADO

    • 10:30 Grupo Curupaco
    • 12:00 Viva Viola
      part. especial Meninas de Sinhá
    • 14:30 Grupo Trampulim
    • 15:40 Marku Ribas
    • 17:00 Zé da Guiomar
    • PALCO PRAÇA DA ESTAÇÃO

    • 17:30 Orkestra Rumpilezz
    • 19:00 Aline Calixto
      convida Carlinhos Brown
    • 20:30 Milton Nascimento
      convida Roberta Sá e Maria Gadú

    quinta-feira, 26 de maio de 2011

    Dulce Maria Loynaz



    Nos idos de 2004, em Havana, tive meu primeiro encontro com ela. Era uma tarde linda e pesada, daquelas de se gritar (a la Munch); tarde de catarses. Uma tarde sinestésica.

    No Malecón, um poema me veio de sua boca com o peso de todo o amor do mundo jogado às costas fracas de um ser que não amava ninguém. Desses poemas que, lidos em determinados momentos, são palavrinhas mágicas, uma senha para se atingir um outro mundo além do que vivemos diariamente.

    Em Cuba, principalmente em Havana Velha, é fácil de se danar todo, perdido por ruas de casas de pessoas de melancolias de música de revolução. Foi assim que saí da beira mar ao cair da noite. Já perdido, uma portinha se abriu para uma grande sala, pé direito altíssimo, uma construção pesada do início do século passado, paredes gastas, ton sur ton - marcas da insistência humana em dar cor viva a uma tela que nasceu pra ser pastel. Um casal bebendo run com hortelã e gelo. Salsa... suor... piano, e Dulce em mim. Desde a tarde pesada do Malecón minha cabeça monótona não pensava mais... Foi aí que tropecei numa garrafa de Guayabita de Pinnar, sorvi um 'puro' e entrei no labirinto de becos sem fim.

    À ressaca do dia seguinte somou-se o peso das lembranças intermitentes da libação. E Dulce estava lá... comigo. Dormiu comigo. Me fez bem. Me tirou do caminho. E eu estava alí para ser desencaminhado!

    Agradeço Dulce Maria... já o fiz muitas vezes e não me canso. Foi uma de minhas melhores companhias na curta passagem por "la Isla". E mesmo aqui, aos pés da Serra do Caraça, ainda ouso encontrar-me com ela, intimamente, organicamente, nesse nosso caso que já dura a eternidade. Tudo isso desde aquela tarde...



    Palavras de Dulce:

    De amar mucho tienes la palabra que persuade, la mirada
    que vence y que turba...
    De amar mucho dejas amor en torno tuyo e el que pasa cerca
    y se huele el perfume en el pecho, viene a creer que tiene la rosa dentro...

    Tradução minha:
    De amar muito tens a palavra que persuade, o olhar que vence e que desconcerta.
    De amar muito deixas amor ao seu redor, e o que passa perto e sente o perfume no peito, vem a crer que tem a rosa dentro de si.

    sexta-feira, 20 de maio de 2011

    Soneto

    Mais desejo que vontade
    Mais Quintana que Galeano
    Cerveja que vinho
    Violão do que piano.

    Mais rua do que casa
    Venegas que Caetano
    Choro do que riso
    Mais saudade do que planos!

    Mais paixão do que amor
    Inverno que verano
    Preto e branco do que cor.

    Quando a lua é cheia
    Tudo fica assim, queimando.
    Até o frio me incendeia!


    Catas Altas, 17/05/2011

    sexta-feira, 13 de maio de 2011

    Música que gosto muito... uma nova balada de uma nova sexta-feira.


    Socorro
    Arnaldo Antunes

    Socorro!
    Não estou sentindo nada
    Nem medo, nem calor, nem fogo
    Não vai dar mais pra chorar
    Nem pra rir...

    Socorro!
    Alguma alma mesmo que penada
    Me empreste suas penas
    Já não sinto amor, nem dor
    Já não sinto nada...

    Socorro!
    Alguém me dê um coração
    Que esse já não bate nem apanha
    Por favor!
    Uma emoção pequena, qualquer coisa!

    Qualquer coisa que se sinta...
    Tem tantos sentimentos
    Deve ter algum que sirva
    Qualquer coisa que se sinta
    Tem tantos sentimentos
    Deve ter algum que sirva...

    Socorro!
    Alguma rua que me dê sentido
    Em qualquer cruzamento
    Acostamento, encruzilhada

    Socorro! Eu já não sinto nada...
    Socorro!
    Não estou sentindo nada [nada]
    Nem medo, nem calor, nem fogo
    Nem vontade de chorar
    Nem de rir...

    Socorro!
    Alguma alma mesmo que penada
    Me empreste suas penas
    Eu Já não sinto amor, nem dor
    Já não sinto nada...

    Socorro!
    Alguém me dê um coração
    Que esse já não bate
    Nem apanha
    Por favor!
    Uma emoção pequena qualquer coisa!
    Qualquer coisa que se sinta...

    Tem tantos sentimentos
    Deve ter algum que sirva
    Qualquer coisa que se sinta
    Tem tantos sentimentos
    Deve ter algum que sirva...

    terça-feira, 10 de maio de 2011

    Aos interessados em conhecer algo a mais sobre a Venezuela e seu Presidente... vítimas frequentes dos desatinos da propaganda cruel da Globo e dos nossos amigos assassinos do norte.

     

    Chávez com novos cenários

    A Venezuela pré-Chávez era conhecida por ser um dos paises de maior consumo de champanhe e caviar

    09/05/2011
    Beto Almeida

    Na próxima terça-feira, o Presidente Hugo Chávez, da Venezuela, chega a Brasília para encontrar-se com a Presidenta Dilma Roussef, dando continuidade às reuniões regulares e periódicas que manteve durante anos com o ex-presidente Lula. Neste período, as relações bilaterais cresceram enormemente, saltando da escala dos milhões, para alcançar já a escala dos 5 bilhões de dólares/ano, para desespero e irritação dos que sempre apostaram e agiram para o fracasso da política de integração sul-americana, em cujo marco se inscreve a relação entre Brasil e a nação bolivariana.
    Muito provavelmente, veremos os meios de comunicação comerciais lançando reincidentes desinformações sobre o processo em curso na Venezuela e, também, insistindo, ad nauseun,  na tese jamais confirmada pelos fatos, de que o presidente venezuelano é um ditador, que cerceia a liberdade de expressão etc. Basta recordar: em 12 anos que está à frente do governo, Chávez realizou 15 eleições, plebiscitos ou referendos pelo voto popular livre e direto. Venceu 14 destes pleitos e respeitou democraticamente o único  em que não teve o resultado que esperava.
    A uma conhecida que foi a Caracas e que tinha muitas dúvidas sobre o caráter democrático da relação de Chávez com a mídia, recomendei que fosse a uma banca de jornal qualquer e pedisse um jornal de oposição ao chavismo. Ela fez a experiência. Pediu um jornal anti-Chávez. O jornaleiro, meio atônito, lhe respondeu:” Todos são contrários a Chávez. Qual queres?”  A liberdade de expressão e de imprensa na Venezuela é utilizada, esquizofrenicamente pela oposição, para berrar livremente pelos meios de comunicação que não existe liberdade de imprensa.

    Uma nova Venezuela para mostrar
    Porém, o que importa agora é registrar que o presidente Chávez que desembarca em Brasília desta vez traz consigo uma outra Venezuela para mostrar, com determinadas condições que não existiam quando chegou ao poder pelo voto direto. A Venezuela pré-Chávez era conhecida por ser um dos paises de maior consumo de champanhe e caviar, perdendo apenas para a burguesia francesa. Seu enorme manancial petroleiro servia apenas  para atender aos interesses norte-americanos, inclusive para asfaltar as avenidas de Washington, enquanto na Venezuela mal havia estradas e urbanização. Com a nacionalização soberana e verdadeira da empresa estatal de petróleo, a PDVSA, a renda petroleira passou a ser de fato  utilizada para pagar a gigantesca dívida contraída contra o povo venezuelano durante décadas.
    Os efeitos dessa guinada não tardaram a se fazer sentir. A Venezuela de hoje é, como Cuba,  “Território Livre do Analfabetismo”, conforme reconhecimento oficial da UNESCO, conquista que teve a participação solidária de educadores cubanos e de um método simples e revolucionário de alfabetização, “Sim, eu posso”, que alcança seu objetivo com poucas semanas. O senador Cristovam Buarque, apaixonado pelo educacionaismo,  me contou que saiu pelas ruas de Caracas, sozinho, sem se identificar, com um  papelzinho nas mãos onde havia escrito um endereço. Pedia a qualquer um, camelô, jovem ou adulto, vendedores de frutas, transeuntes a esmo , que lhe indicassem o endereço. E todos, segundo a pesquisa prática do ex-governador do DF, souberam ler o endereço e lhe dar a orientação exata. Ninguém disse ao senador, "Desculpe, não sei ler".   Para isso  -  para socializar educação e cultura  -   foi aplicada a renda petroleira que antes ia para o exterior. Por isso tentaram derrubar Chávez tantas vezes e o odeiam tanto no Pentágono e na Casa Branca. E na Avenida Paulista também.

    Metas do milênio
    Recentemente, a ONU, avaliando o cumprimento de um de seus mais importantes programas, reconheceu que é a Venezuela o país que melhor cumpre, na América Latina,  “As metas de desenvolvimento do milênio”,  com registros importantíssimos na redução da mortalidade infantil, na oferta de água potável à população, que já supera os 90 por cento do país e também na redução das desigualdades sociais. Certamente, nada disso será dito pela mídia que alfinetará suas caracterizações preconceituosas de sempre contra o mandatário bolivariano.
    As relações entre Brasil e Venezuela cresceram de tal forma e em tão pouco tempo que é a nação andino-caribenha um dos principais destinos de produtos e serviços brasileiros. Grandes obras de infra-estrutura, hidrelétricas, pontes, metrô, estradas, contam com a participação de construtoras brasileiras. Mas também é preciso registrar a presença da estatal Embrapa em solo venezuelano, colaborando para que o país alcance a meta estabelecida pelo governo de conquistar a soberania alimentar. Antes de Chávez, até mesmo o alface vinha de avião dos EUA, evidentemente para uma pequena camada da população. Hoje, muitos produtos alimentícios, o arroz e o leite,  já são produzidos, em boa medida,  em território nacional, e aquela meta vai ficando mais próxima de ser alcançada. Também é possível caminhar pelas ruas de Caracas aleatoriamente e conversar com donas-de-casa, que, ao seu modo, demonstram compreensão objetiva e inteligente sobre o desenvolvimento das relações bilaterais. “Agora temos frango brasileño que Lula nos envia. Bueno e barato”, disseram-me certa vez, ao serem indagadas sobre aquelas relações.

    O Banco do Sul e a crise do dólar
    O  Chávez que chega ao Brasil agora já conta com uma conjuntura latino-americana marcada por substanciais mudanças, para o que também  contribuiu decisivamente a política externa implementada durante os dois governos Lula. Especialmente, vale citar o enterro da ALCA, que ameaçava tragar as economias do nosso continente,  e o surgimento da UNASUR, que aponta exatamente na direção oposta, visando uma coordenação solidária para atuar de modo soberano  no sombrio cenário internacional caracterizado pela persistência da crise do capitalismo, a inconfiabilidade do dólar e  , ao lado disso, o crescente intervencionismo  militar do imperialismo em diferentes regiões do planeta, como agora na Líbia. Intervenção esta que vem sendo criticada pelos dois mandatários, Dilma e Chávez. Provavelmente, ante este cenário internacional tão complexo, a pauta que inclui a Refinaria Abreu e Lima e temas energéticos e agrícolas, também poderá sinalizar para a necessidade da Unasur agilizar, priorizar mesmo,   a entrada em funcionamento do Banco do Sul. A crise capitalista indica ser esta uma necessidade premente, para assegurar uma alternativa conjunta dos países do sul, que pode incluir o Irã e outros, entre eles os do BRIC, na necessária articulação e organização para o enfrentamento dos desdobramentos desta crise que se avoluma e ameaça.
    O Chávez que agora chega ao Brasil é bem distinto daquele que aqui chegava no início da década passada, quando veio buscar ajuda da Petrobrás para enfrentar a crise de desabastecimento causada pela sabotagem montada contra a PDVSA. O presidente não alterou suas convicções, seus sonhos, seus compromissos, mas agora a empresa estatal teve finalmente sua soberania plenamente recuperada e hoje sustenta um processo de industrialização venezuelano, além de obras sociais inadiáveis, como a construção de 2 milhões de moradias, um setor muito afetado, não apenas pela herança maldita de décadas de afavelamento criminoso, mas também em razão de drástica destruição causada pelas chuvas no ano que passou, ampliando o déficit habitacional e lançando desafios novos ao governo, que os enfrenta com o apoio da PDVSA.
    A ciência da tática
    A Venezuela de hoje é um país com satélite próprio,  com curso de instalação de fábricas de tratores, caminhões, motocicletas  e bicicletas  - para o quê foi importante a realização de acordos com o Irã, entre outros  -  que está conectando-se com outros países caribenhos por cabos submarinos e também com fibra ótica com o Brasil. Sendo o primeiro mandatário sul-americano a visitar a presidenta Dilma, Hugo Chávez traz não apenas uma  realidade de conquistas transformadoras a apresentar. Traz  também um importante logro político marcado pela normalização crescente das relações com a problemática e ameaçadora  Colômbia, neutralizando, por meio de uma tática que é indispensável para os prazos e ritmos históricos da Revolução Bolivariana, os ímpetos agressivos que Uribe representava em nome do imperialismo. Alem disso, é também importante a  tática utilizada com a Colômbia para eliminar os processos contra Manuel Zelaya, permitindo não apenas sua volta a Honduras, mas também concorrendo para um curso de recuperação do estado democrático neste país centro-americano, possivelmente com a rápida convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte, um dos itens defendidas pela Resistência Democrática e contidos na consulta popular que Zelaya organizou quando foi deposto.
    Assim, além de uma linha política que reitera a coincidência  de visões com a política externa brasileira, tanto para o caso da Colômbia, como também de Honduras, a nova visita de Chávez ao Brasil tem a simbologia de  uma cooperação muito  mais ampliada, mais aprofundada,  e que poderá ser ainda  muito mais fortemente dinamizada a partir do esperado ingresso da nação bolivariana no Mercosur

    sexta-feira, 6 de maio de 2011

    Inspirações de uma sexta-feira...

    Atrasos do acaso
    Cuidados que não quero mais.
    O que era pra vir veio tarde
    E essa tarde não sabe do que o acaso é capaz.
    Leminski



    Dizer 'te amo'... Ingenuidade.
    Há tantos mundos
    Pela cidade.
    meu mesmo


    A Verdadeira Arte de Viajar
    A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
    Como se estivessem abertos diante de nós
    todos os caminhos do mundo.
    Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali...
    Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando.
    Mario Quintana




    terça-feira, 3 de maio de 2011

    A atualidade em charges....

    Charges retiradas do Charges Online...



















    BOOK

    Muito legal esse vídeo... e tem gente que ainda não domina essa tecnologia!