A fome é o impulso da miséria, o clímax da tragédia humana.
É o meio que se transformou em fim.
À fome, tudo se come, nada se perde, tudo ela transforma.
A fome não tem nome nem sexo nem cor.
É o estado de socialização das fraquezas coletivas.
A fome é o despojo total, é insanidade moral.
É a vergonha do homem que se vê - animal.
Escrito após presenciar, no ano de 2010, a fome.