sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Caio. Fernando. Abreu.









Já se passaram alguns anos desde a primeira vez que o li.
Caio. Intenso. Nervoso. Triste. Angustiado. Doentio. Depressivo. Superdepressivo. Docemente esperançoso. Verborrágico. Enorme... grande!
Caio... Perseguido. Exilado. Coração partido. Mulher. Cabelos vermelhos. Brincos. Óculos. Vidros quebrados.

...

Historinha com final triste...

Um dia, andando pelas ruas de Porto Alegre, um conhecido lhe perguntou...
- Caio, quo vadis?
Olhar tímido, ossos e pele e vodka responderam:
- Rua Lopes Chaves, 546.
- Mas essa rua... essa rua fica em São Paulo!? Não é mesmo?

Não respondeu. Seguiu, passos lerdos, ao encontro de Mario de Andrade.
(Morreu no mesmo dia que o pai de Macunaíma, 51 anos depois)






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