terça-feira, 3 de março de 2015

Neruda

Uma amiga me disse que "quando a gente começa a curtir mais vinho que cerveja, mais jazz que rock e mais Neruda que Quintana é porque algo de muito grave está acontecendo".

Sempre li muito Neruda e já vi o "Carteiro" algumas boas vezes. Mas é difícil tolerar Neruda muito tempo... É como se recebêssemos a visita daquele amigo 'crisento' e choroso, cheio de conflitos amorosos que não se resolvem, cheio de desamores e amores vãos. No primeiro dia de sua estada nos provoca compaixão, no segundo desespero e no terceiro ânsias de vê-lo em despedida. Ler um típico poema dele é bom, no segundo quase sempre não se quer chegar ao terceiro...

Talvez seja por isso que gosto do "Para nascer, nasci"! Neruda um pouco menos meloso, talvez um pouco mais metafísico, contador de histórias e "causos", mais narrador, menos sofrido.

Mas, fato é que algumas coisas de Neruda às vezes nos pegam pelo pé, de súbito e pronto! Lá estamos nós na sala de casa, o amigo chorando à frente e por dentro uma recíproca vontade de soluçar!

Segue, Pablo!






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